Cecília :: Parto Domiciliar


"Parir é maravilhoso! ❤


Descobri que estava grávida no dia 8 de maio de 2017 e, desde então, passei a pesquisar tudo sobre partos e humanização. Eu queria dar as boas vindas ao meu bebê da maneira mais amorosa e natural que eu pudesse. Foi entrando nesse mundo que eu descobri que nem em um momento tão nosso quanto o parto, somos donas do nosso corpo. Para conseguirmos ter autonomia, a gente precisa brigar, e muito. A gente precisa se empoderar.


Após analisar as opções, optei pelo parto domiciliar. Não contamos a ninguém, para evitar estresse desnecessário. O marido, inicialmente, não concordou muito, mas aos poucos fomos desconstruindo o mito do parto arriscado e abraçamos a ideia com muito amor.


A gravidez toda correu sem intercorrências, nada que pudesse impedir o parto em casa. Não senti nenhum sinal de TP até às 39+5, uma quarta-feira, quando passei o dia com contrações de treinamento. Na quinta, continuei com as contrações de treinamento, mas mais intensas. Neste dia, tive consulta com GO e avisei: "Às 40 semanas eu chego, mas não chego às 41".


No dia seguinte, arrumamos todo o ninho para a chegada da nossa filha. Eu sentia que estava muito perto! De madrugada senti contrações com intervalo certo e resolvi monitorar. Liguei para minha doula, enfermeiras e fotógrafa. Eu só conseguia pensar que minha filha realmente estava vindo e eu finalmente iria conhecê-la, após uma vida de espera.


Meu parceiro começou a preparar o ambiente. Acendeu velas, colocou a playlist do parto para tocar. Durante as contrações, eu já não conseguia falar muito,apenas me concentrava, respirava e sentia uma enorme necessidade de vocalizar. Não era gritar, era abrir a boca e liberar um "aaaaaahhh", liberando a energia através da garganta. "Respira... respira..." eu repetia para mim mesma, para não esquecer. A partir daqui, eu comecei a perder a noção do tempo. Eu vivia uma contração de cada vez, repetindo para mim mesma os mantras "É uma onda, vai passar", "Uma contração a menos para eu conhecer a minha filha" e "Respira". Era tudo o que eu conseguia pensar durante as contrações.

A única coisa que eu sentia era uma felicidade absurda e um amor que não cabia em mim. Uma injeção de ocitocina como nunca senti igual. Nasceu uma mãe!

Eu desejava um TP que não fosse muito longo e exaustivo, mas que também não fosse tão curto a ponto de não conseguir processar todos aqueles sentimentos. Cecília nasceu após 11h de trabalho de parto, 12h34 de uma manhã de domingo ao som de 'Lucky', do Radiohead, Apgar 10/10, 2.875 kg e 51 cm. Ela veio direto para o colo, demorou 15 minutos procurando o peito, mamou por mais de 1 hora. Tive uma laceração tão mínima que não precisou de ponto. Após o parto eu tremia muito, por causa da adrenalina. Depois do nascimento dela, não senti mais nada. A parteira disse que eu estava tendo contrações para eliminar a placenta, mas eu não senti nenhuma delas. A placenta saiu e eu só conseguia sentir uma imensa gratidão por ela ter mantido minha pequena bem durante os 9 meses. Após algumas horas, eu mesma cortei o cordão, separando-nos de vez.

Eu realizei um sonho no dia 14 de janeiro de 2018. Eu dei a luz à minha filha. Eu e ela conseguimos e tudo o que posso dizer a vocês é: tentem. Não tenham medo de parir, vale cada contração. E sabem aquilo que dizem que a gente esquece da dor depois? Tudo verdade. Eu só consigo ser grata por cada contração que trouxe minha filha ao mundo. Duvido muito que um dia eu volte a viver um momento tão intenso, transcendental e maravilhoso quanto o dia em que pari a minha filha. Gratidão sem fim a todas as pessoas que cuidaram de mim com tanto amor e carinho, para que eu pudesse viver esse momento. 💖


Equipa:

Doula // Cristina Pincho

Parteira // Raquel Cajão

Bárbara Araújo é uma fotógrafa Portuguesa de Parto Documental, Casamentos, Famílias, Gravidez, Corporate e mais.
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